Canola: uma aliada para a sustentabilidade e a rentabilidade no campo

A canola, um grão desenvolvido a partir da colza por meio de melhoramento genético, tornou-se a terceira oleaginosa mais importante do agronegócio mundial. Seu nome, uma junção das palavras *CANadian Oil, Low Acid* (óleo de colza com baixo teor de ácido erúcico), reflete as qualidades do grão, que tem baixo nível de ácido erúcico e alto valor nutricional.

No Brasil, a canola ainda é uma cultura relativamente nova, mas já vem ganhando espaço, especialmente no Rio Grande do Sul (RS), que concentra quase toda a produção nacional. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada no estado vem crescendo nos últimos anos, impulsionada pela demanda crescente tanto no setor alimentício quanto no mercado de biocombustíveis.

A Agrofel, sempre atenta às oportunidades do campo, tem incentivado produtores a cultivar canola, especialmente na entressafra, sucedendo culturas como soja e milho. O cultivo da canola, além de diversificar a produção, oferece benefícios ao solo, podendo ser utilizado em rotação com as culturas de inverno, como trigo, cevada e aveia. Isso vai ao encontro dos princípios da agricultura regenerativa, que busca manter a saúde do solo e melhorar a produtividade a longo prazo.

Benefícios da cultura da canola

A canola é conhecida por seu alto teor de óleo, com rendimento entre 38% e 42%, o que a torna uma excelente alternativa para o produtor rural, principalmente pela sua crescente demanda na produção de biocombustíveis. Essa característica oferece uma nova possibilidade de comercialização durante a segunda safra, o que é especialmente vantajoso para os agricultores do RS, cujo clima é altamente favorável para o desenvolvimento dessa oleaginosa.

Além dos ganhos econômicos, o cultivo da canola traz benefícios ambientais. A planta possui uma alta capacidade de captação de carbono, ajudando a reduzir as emissões de CO₂ ao longo do ciclo da cultura. Isso a torna uma aliada na mitigação das mudanças climáticas e uma opção sustentável para os produtores que buscam integrar práticas agrícolas regenerativas em suas propriedades.

Outro ponto positivo é a contribuição da canola para a melhoria da qualidade do solo. Quando utilizada em rotação de culturas, ela ajuda a manter a biodiversidade e a estrutura do solo, proporcionando melhores resultados para as safras subsequentes. Dessa forma, a canola não só oferece rentabilidade na safra de inverno, como também fortalece o ecossistema agrícola.

Com esses benefícios, a canola se firma como uma cultura estratégica para os produtores gaúchos, unindo sustentabilidade e rentabilidade no campo.