Conheça as principais pragas e doenças do trigo e como combater os ataques na sua lavoura

O monitoramento constante de pragas e doenças nas lavouras é fundamental para manter a saudabilidade das plantas e os altos índices de produtividade.

Produzir grãos no Brasil exige diversos cuidados desde o plantio até a colheita. Escolher boas sementes, fazer o manejo adequado, aplicar fertilizantes e defensivos fazem parte da rotina de todo agricultor brasileiro. Além disso, o monitoramento constante de pragas e doenças nas lavouras é fundamental para manter a saudabilidade das plantas e os altos índices de produtividade.

No caso da cultura do trigo, existem enfermidades que causam escurecimento das plantas, destruição da clorofila, branqueamento da espiga e outros danos que podem ser irreparáveis, dependendo da resposta do manejo. Alguns fungos chegam a reduzir a capacidade das lavouras de trigo em mais de 50%.

Os cuidados que o produtor precisa ter com a sua produção não inclui apenas o Manejo Integrado de Pragas (MIP), mas também o conhecimento do tipo de doença ou praga que pode atacar a planta do trigo e qual a melhor ação de combate e procedimentos para resolver o problema.

Pensando nisso, a Agrofel elencou as principais doenças e pragas do trigo, os sintomas apresentados e as formas de combater. Confira:

Pulgões – Uma praga que exige atenção especial do agricultor são os pulgões. Eles são afídeos (pequenos insetos) de cor esverdeada brilhante e antenas com pontas pretas, que sugam a seiva das plantas e se multiplicam com muita rapidez. O ataque dos pulgões pode transmitir o vírus do nanismo amarelo da cevada, conhecido como VNAC. 

A ação direta da praga deixa o trigo com a superfície foliar amarelada, ocasionando a perda de nutrientes das plantas, podendo levá-las à morte. Manejo com compostos tecnológicos podem auxiliar a planta a se recuperar e retornar ao seu processo de desenvolvimento e formação dos componentes de rendimento.

Giberela – O fungo tem se destacado na cultura do trigo por ser uma infecção floral de períodos chuvosos, com foco nas espigas. Um dos sintomas típicos é o desvio do sentido das aristas de espiguetas infectadas em relação às aristas de espiguetas sadias. Outra característica da doença é o abortamento floral e a má formação dos grãos.

Além do dano direto, algumas sequelas da doença incluem perdas de produtividade e produção de micotoxinas, que tem implicado em perdas na qualidade de grãos. 

Mancha amarela – É um fungo que deixa manchas amareladas e marrom escuro com cerca de 2 milímetros nas folhas da planta do trigo e libera toxinas que podem reduzir a capacidade da lavoura em mais de 50%. Para o controle da doença, é recomendado o uso de fungicidas e fazer a rotação da cultura para reabastecer o solo com nutrientes que contribuem para a resistência do trigo. 

Oídio – A doença é causada pelo fungo Blumeria graminis e afeta as folhas do trigo, reduzindo o rendimento da planta e a qualidade dos grãos. Segundo a Embrapa, o Oídio também é conhecido como mofo ou cinza por apresentar micélio branco acinzentado nas folhas, bainhas, colmo e espigas.

O Oídio pode diminuir a produção de grãos do trigo entre 5% a 8%, em anos normais, e entre 15% a 62% em anos com clima favorável à doença e em cultivares suscetíveis. O uso de fungicidas para combater a doença é recomendado. 

Brusone – Causada pelo fungo Pyricularia grisea, a praga é comum em zonas mais frias e é capaz de infectar várias regiões da planta, mas os maiores impactos são na base da espiga. As principais características do Brusone são o branqueamento da espiga e pontos pretos de infecção. Os fungicidas também são eficazes no combate da praga.

Além dessas pragas e doenças que citamos, existem ainda a Septoriose (causa a redução da massa dos grãos e escurecimento das plantas), Ferrugem (os sintomas começam com pequenos pontos ovais de cor amarela) e a Estria Bacteriana (deixa estrias translúcidas no sentido da nervura das folhas).

A Agrofel alerta os produtores que a dificuldade de manejo dessas enfermidades, somada aos estresses ambientais, solos compactados, adubações com baixas doses e cultivares de ciclo mais precoce pode gerar menor desempenho de produtividade da lavoura.

Uma das propostas é utilizar cada vez mais tecnologias, em relação à melhoria do desempenho de fungicidas, ou desenvolver formas da planta se estruturar com suas defesas. 

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