Confira as principais estratégias para lidar com a competição entre as plantas daninhas e a produção de arroz
Um problema recorrente na lavoura de arroz é a competição das plantas com as ervas daninhas, que podem comprometer a produção do grão. Fazer um controle eficiente desse problema não é simples, pois cada invasora possui um método distinto de eliminação.
Por isso, o produtor deve monitorar de perto a sua lavoura e identificar o quanto antes com quais plantas daninhas ele terá que lidar e priorizar o controle. No caso do arroz, algumas ervas invasoras podem ser mais difíceis de combater.
Neste artigo, selecionamos algumas estratégias para o manejo das plantas daninhas do arroz e elencamos os tipos mais comuns encontrados nas lavouras do país.Manejo eficiente e controle
O controle de plantas daninhas consiste na adoção de estratégias que resultam na redução da infestação, e não exatamente na completa eliminação do problema. O principal objetivo é evitar perdas de produção devido à competição, melhorando as condições da colheita e evitando o aumento da infestação.
Sempre que possível, devem ser empregados mais de um método de controle, em associação, no momento mais oportuno antes do período crítico de infestação, dentro das condições locais de infraestrutura, mão de obra, implementos e análise de custos. Dentre os métodos de controle, destacam-se o controle preventivo, cultural, mecânico e o químico.
Controle preventivo
Esse método visa impedir a introdução, o estabelecimento e a disseminação de espécies em áreas ainda não infestadas. Para isso, uma das principais ações é o uso de sementes com alto grau de pureza.
A legislação estabelece limites para a presença de sementes de espécies daninhas toleradas e determina as espécies proibidas nos lotes de sementes comerciais. Isso evita a infestação de áreas ainda livres desse problema. Por isso, é muito importante usar apenas sementes certificadas.
Também é recomendado evitar o uso de esterco, palha ou compostos que contenham propágulos de plantas daninhas, realizar a limpeza completa dos equipamentos agrícolas – antes de entrar na lavoura e após o seu uso –, e efetuar o controle dessas plantas próximo
às margens dos carreadores.
– Rotação de culturas: colabora com o equilíbrio econômico e ecológico. Quando bem planejada e executada, promove a sustentabilidade e a renovação do solo, ajudando a eliminar plantas daninhas persistentes.
– Cultivares: As cultivares de arroz de porte baixo são menos competitivas com as plantas daninhas na fase inicial de desenvolvimento da cultura. A altura da planta de arroz é a característica mais importante no controle, por isso, a altura mínima de plantas no florescimento deve ser de 1 metro.
As cultivares mais competitivas com as plantas daninhas devem apresentar as primeiras folhas decumbentes, para aumentar a competitividade, e as folhas superiores eretas, para facilitar a exposição à luz solar. Outra característica importante é que a cultivar tenha uma alta velocidade de crescimento inicial, para vencer a competição com as ervas daninhas mais lentas.
– Preparo do solo: o método escolhido para o preparo do solo também interfere na população de ervas daninhas presentes. A aração profunda após a incorporação dos restos culturais com a grade aradora, permite colocar a maioria das sementes de plantas daninhas a cerca de 30 cm de profundidade, o que dificulta a sua emergência e favorece o seu apodrecimento. Além disso, a antecipação do preparo do solo com gradagens periódicas é uma alternativa eficiente para controlar as ervas daninhas emergidas no início da primavera e estimular a germinação das sementes no solo. Contudo, essa prática pode ter efeitos danosos na estrutura do solo e favorecer a sua erosão.
Controle Químico
Atualmente, o controle químico se mostrou como uma das práticas mais utilizadas no controle de plantas daninhas, pois apresenta menor custo e maior eficiência quando comparado aos outros métodos de controle. Contudo, cada espécie de planta invasora tem uma resistência diferente aos herbicidas, sendo necessário combiná-los em casos de presença de mais de uma espécie.
Alguns herbicidas permitem o controle de plantas daninhas em épocas chuvosas ou em áreas encharcadas, quando as estratégias de controle mecânico ou manual são menos eficientes. Por se tratar de um método que utiliza produtos químicos, é muito importante contar com a orientação de técnicos agrícolas capacitados, para que seja possível atingir a máxima eficiência com menores custos e menos riscos para a saúde e o meio ambiente. Manejo Integrado
O manejo integrado é a utilização de dois ou mais métodos de controle de plantas daninhas, com o objetivo de diminuir a população abaixo de níveis que causam danos econômicos e menor impacto ambiental.
Para cada condição edafoclimática, topografia, tipo de solo, precipitação pluvial, espécies de plantas daninhas, ou tipos de equipamento, deve ser definido o método ou a associação de mais de uma estratégia de controle que terá a maior eficiência, economia e menor impacto.
A utilização de um único método de controle de plantas daninhas durante anos consecutivos pode acarretar sérios problemas na área, devido ao adensamento do solo, acúmulo de resíduos de herbicidas e seleção natural de plantas daninhas resistentes.
Entre as espécies de ervas daninhas mais problemáticas na cultura do arroz estão: arroz vermelho, capim arroz, capim pé de galinha, cyperaceas e etc.
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