Pode causar danos de até 60% das perdas na cultura do trigo
Responsáveis por causar danos de até 60% das perdas na cultura do trigo, o já conhecido oídio é uma das doenças que o produtor precisa estar atento. A doença no trigo, é causada pelo Blumeria graminis f. sp. Tritici e aparece durante a safra, sendo de fácil identificação, pois desenvolve uma espécie de pó branco sobre folhas e colmos.
Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada da cultura do trigo neste inverno no Rio Grande do Sul alcança 1,145 milhões de hectares. E a colheita gaúcha deve alcançar 3,78 milhões de toneladas, um aumento de 67,3% em relação às 2,26 milhões de toneladas colhidas em 2020.
O cenário positivo é mais um dado que reforça a necessidade dos produtores em monitorar suas áreas. O Departamento Técnico da Agrofel orienta que o patógeno reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta, além de causar uma camada como se com aspecto de mofo. Quando a doença ocorre cedo, reduz o número de espigas por área. Mais tardiamente, diminui o número de grãos por espiga e o tamanho desses grãos. Um dos principais desafios dessa doença está nos inóculos de oídio que podem se manter, na entressafra, sobre plantas voluntárias de trigo, sendo disseminado facilmente pelo ar, durante períodos sem chuva. É uma doença explosiva, pois o ciclo da doença é bastante rápido, entre 5 e 25 dias.
Segundo a Embrapa os métodos mais eficientes para controle da doença são o uso de cultivares com resistência genética e a aplicação de fungicidas, em tratamento de sementes ou nas folhas. A doença no trigo é favorecida por baixa umidade relativa do ar e temperaturas amenas (15℃ a 22℃). Os sintomas de eflorescência da coloração branca ocorrem principalmente nas folhas e nas bainhas.
Controle da doença
O controle químico de oídio de trigo em cultivares suscetíveis é mais econômico via tratamento de sementes do que por meio de aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos. Em plantas adultas, o monitoramento da doença deve ser semanal, a partir do afilhamento, determinando-se a porcentagem de plantas com sintomas da doença. A primeira aplicação deve ocorrer quando o nível de doença atingir o limiar de ação.